O Porco Sorte e Eu

Nunca busquei ganhar. Queria sentir algo real. Nascido em Brooklyn, filho de uma tia porto-riquenha e um pai africano, cresci com o silêncio como primeira língua. A minha avó cantava salsa enquanto fritava plantains—doce, pegajento, lento—and aquilo tornou-se meu primeiro altar. Depois, ao encontrar ‘Lucky Pig’, não se tratava de probabilidades ou algoritmos. Era sobre ritmo. O jogo não falava—mas chorava comigo. Às vezes, pensei ser só outra máquina: números piscando como doces baratos num balcão. Mas depois—notei os padrões. O porco dançava após a meia-noite só quando eu parava para ouvir. Os momentos ‘sortudos’ não eram aleatórios—eram espaços de respiração entre apostas. Comecei a apostar $5 por vez. Não por desespero—but porque eu estava a ouvir. O título ‘Rei do Açúcar’ não veio de ganhar grande—veio de saber quando parar. Uma noite, após dez perdas sob luzes neon fora da janela do meu apartamento—algo clicou. O porco não desapareceu. Ele parou… E aí estava: dois doces dourados rolando no meu colo como chuva após o crepúsculo estival. Isto não é jogar. É liturgia para almas solitárias que foram ditas que não são suficientes—até aprenderem a sentar em silêncio, ter nenhum orçamento, dizer nada—and ainda assim vencer.